quinta-feira, 10 de junho de 2010

Figurinha 12 - 2010 FIFA World Cup

Meus caros seguidores e meus eventuais visitantes. Lamento informá-los, mas felizmente este blog entrará num recesso.


Para uma pessoa dependente deste nobre esporte bretão e que tem um sentido de liberdade de tal forma arraigado, a ponto de não perceber fronteiras entre países vizinhos, este momento é sagrado. É hora de disfrutar o que há de mais encantador no mundo do esporte, que é a aproximação em forma de disputa amigável de um objetivo.

Que toquem as canções nacionais, que desfilem torcidas e equipes e que vença o melhor (e que, sinceramente, o melhor não seja o mesmo).

Ke nako!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Figurinha 11 - árvore genealógica

Essa é para aqueles que cresceram imaginando-se morando em Patópolis. Não é tão preciso saber inglês para divertir-se, os desenhos são praticamente autoexplicáveis.

Vai também um agradecimento para a wikipédia por essa figura.

Figurinha 10 - Zé Carioca


De volta ao nosso cantinho virtual, gostaria de homenagear com a figurinha atual um personagem famoso dos quadrinhos: José Carioca.

Zé Carioca é um belo exemplo de malandro. Tem alergia ao trabalho. Além disso frequentemente incentiva seu melhor amigo Nestor a não trabalhar. Poucas coisas o fazem tomar alguma atitude, dentre elas "filar" uma feijoada do Pedrão, roubar as jacas do mesmo Pedrão, ficar com a Rosinha (e por tabela irritar o Rocha Vaz e o Zé Galo) e aplicar um belo golpe. Mas há uma única coisa que faz com que Zé Carioca chegue a cogitar a trabalhar (ainda que bem de leve), que é o Espírito das Copas.

Querendo ou não todos os brasileiros, gostem ou não do maldito esporte bretão, torçam ou não para o escrete canarinho, acaba sendo afetado por esse espírito das copas. Sempre há um ou outro que torça para que a empresa dê folga durante alguns jogos da copa. É ou não é?

Este blog-colunista estará acompanhando sua oitava copa do mundo. Todas elas com momentos que deixaram marcas e lembranças, de uma forma ou de outra.

A primeira copa acompanhada foi a da Espanha. Esta eu assisti em posição privilegiadíssima e que jamais terei tal privilégio. Como lembrança, tenho os álbuns de minhas fotos da época emoldurados com o Naranjito.

A segunda copa seguida foi a do México. Dessa lembro claramente do meu fascínio por uma tabela da copa que meu pai tinha cheio de bandeirinhas para colar (que tentação para uma criança que já sabia as capitais da maioria daquelas bandeirinhas!), além da insistência em chamar o nome do guarda-metas da Espanha nesta copa.

A terceira copa foi a da Itália. Até então o futebol não era minha diversão preferida. Mas lembro bem de ter colecionado figurinhas que vinham nos salgadinhos e de que meu jogador de botão mais eficiente era o "Totò" Schilacci.

Já na quarta copa, nos USA, foi quando realmente passei a entender o barato da Copa do Mundo. Nesta copa que este que aqui relembra passou a ser um fervoroso torcedor da seleção premiada como a de futebol mais agradável da copa. Não obstante, em sua ingenuidade infanto-juvenil, passava a imitar o craque do time sempre que tinha a oportunidade de marcar gols em suas brincadeiras (até perceber o ridículo que era, ou seja... não muito tempo depois). Também desta época muitos colegas colecionaram o álbum da copa, e aí houve a frustração e a vontade de jamais deixar passar esta oportunidade de colecioná-los.

A quinta copa felizmente caiu num período de greve na escola, de modo a ter sido a única copa acompanhada com mais detalhes (dos possíveis na época). Não soube-se de álbum oficial da copa nas bancas, mas este escritor tratou de "pegar" um álbum de figurinhas de mascotes da turma da Mônica que vinha em alfajores (que infelizmente não encontrei fotos aqui, apesar de ainda ter esse pôster em algum lugar das minhas cacalhadas)... Também nesta copa, graças ao que aconteceu em Saint-Etienne no dia 30 de junho, mudou-se completamente o meu conceito de futebol bem jogado.

A sexta copa, apesar de não tê-la conseguido assistir, foi inesquecível. Por motivos que não vem ao caso, virei lenda. A partir desta copa que iniciei pra valer minha coleção de álbuns oficiais. Em contrapartida, não faço a menor ideia se o campeão mereceu ter levado a taça. Pareceu-me muito mais agradável ficar bem coberto na madrugada de inverno de 2002 do que assistir os dois contendores de então...

A sétima copa foi disputada com as provas finais da faculdade. Nada de marcante nesta. Álbum completo para a posteridade.

O que nos aguarda esta oitava copa? Não há favoritos ainda a momento inesquecível. Também faltam cinco (5) figuras para completar o álbum. Que a sorte seja lançada e que vença o melhor (e se o melhor for o mais inesperado, tanto mais divertido)!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Figurinha 9 - Bonzo


Aproveitando a deixa da data, homenageamos postumamente um dos quatro elementos que tornaram a maior banda de todos os tempos inesquecível (vide figurinhas futuras): John Henry "Bonzo" Bonham, que completaria 62 primaveras neste dia.

Considerado a locomotiva da banda e trazendo consigo inúmeros casos e/ou lendas, fosse qualquer outro baterista que não Bonzo, talvez o Led Zeppelin jamais tivesse chegado aonde chegou.

Em sua homenagem seguem os vídeos. Afinal de contas, foi Bonzo quem profetizou que "um tapinha não dói". Disfrutem:


segunda-feira, 17 de maio de 2010

Azedumes parte 1

Já que a vida não é só colar figurinha, vamos criar uma nova seção neste blog. Como já dizia o sagrado Raul Seixas, "Se agora pra fazer sucesso... todo mundo tem que reclamar", eu também vou "tirar meu pé da estrada e entrar também nessa jogada". Pois vamos lá...

Estamos em ano de Copa do Mundo. Um prato cheio para que gosta de esportes e geografia mundial. Ainda mais cheio para quem gosta de futebol. Entretanto aqui no Brazuca não é só de colar figurinhas que vive a população nessa expectativa de início da competição. Existe a fase de preparação antes. E existe a imprensa...
A algum tempo venho percebendo que a profissão mais fácil que uma pessoa poderia escolher é na imprensa. Tudo o que precisas é ter desenvoltura para falar em público. De resto, tu não precisas ser douto em assunto nenhum que assim mesmo tudo o que disseres será considerado verdade incontestável.

Posto tudo isso e mais alguma coisa que não lembrei acima, aí vai a minha queixa. Me irrita a imprensa em geral questionando os escolhidos pelo Dunga para a Copa. E a gota d`água foi um dia acordar e ver que uma senhora apresentadora de programa feminino-doméstico comentando e cornetando a convocação.
Absolutamente nada contra mulheres envolver-se e acompanharem futebol. Tenho muitas amigas que acompanham futebol, chova ou faça sol. Mas daí a dar espaço num programa desses que passam de manhã, com quadros de receitas e badulaques caseiros, com apresentadora falando do nobre esporte bretão como se fosse uma catedrática da FIFA. Aquilo foi dose para o meu saquinho...
Não sou torcedor desta seleção nem tenho intenção de sê-lo. Mas irrita-me a imprensa bombardeando a opinião pública para que fiquem contrários ao técnico por convocarem um marreco num lugar onde poderia estar um pato ou um outro anatídeo.

Definitivamente esse é um dos fatores que enoja-me no futebol nacional. Começando com o fato que o que mais percebe-se é jogador medíocre sendo altamente valorizado por "bons" empresários; técnico medíocre que é altamente badalado, mesmo valendo-se de sistemas de jogo manjado e/ou defasado; árbitros que não conseguimos discernir se são fracos ou mal-intencionados (ou os dois) e o pior de tudo: torcedores e imprensa que pensam entender do esporte. Se realmente entendessem do riscado, por que não estão trabalhando diretamente no meio?

E o que mais irrita é pregarem que se tu não gostas de tua seleção, tu não és patriota. Ou eu sou muito parvo, ou eu tenho um conceito errado de patriotismo? Eu sempre achei que patriota fosse alguém que cuidasse e zelasse por cuidar do lugar onde moras, por manter a cultura de onde moras, por falar corretamente a língua pátria. Mas, não... Acho que poucas pessoas sabem o que é um parvo, mas se sentem o ó do borogodó por saberem um punhado de palavras em inglês. E sentem-se patriotas simplesmente por isso, o que não faz o menor senso. E mesmo se meu país fosse entrar numa guerra, eu ainda iria pensar se valeria a pena apoiar o país ou não (vide o Sr. Chávez, do vizinho país do norte).

Sr. Dunga, tu ganhaste créditos comigo. Eu também ficaria muito puto se Gilmar e Vilmar dessem um duro danado para na hora agá dar a vaga ao Dilmar.

E para os que pensam diferente, aí vai a minha careta!


segunda-feira, 26 de abril de 2010

Figurinha 8 - Homenagem aos goleiros

Hoje (apesar desta rabiscada postagem estar sendo criada perto da meia-noite) festeja-se no Brasil o dia do goleiro. Ou devia-se celebrar ou serem lembrados, estes cristos que onde pisam não nasce grama. A data de 26 de abril foi estipulada por ser aniversário de Manga, um lendário goleiro brasileiro.

Costuma-se fazer escárnio dos goleiros, dizendo que quem gosta de ser goleiro ou é louco ou tem fortes tendências. Talvez porque são obrigados a usar roupa diferente do resto da equipe. Talvez porque são os que mais sofrem, sendo os primeiros a chegarem nos treinamentos e os últimos a saírem. O certo é que uma partida de futebol não teria a menor graça sem este personagem.

Devo confessar que também já tive o desejo de ser goleiro. Quando fiquei sabendo que Zico não jogava mais por estar seriamente machucado eu, na minha inocência infantil, desejei ser goleiro, crente que goleiros estavam acima da lei da física e das lesões. Eventualmente nas amigáveis disputas deste maldito esporte ainda aventuro-me nesta arte de impedir a alegria dos adversários. Algumas vezes saio aclamado. Outras vezes viro motivo de gozação para o resto da semana...

Chamados de målvakt em sueco e termakofílakas em grego (que são as únicas que ocorre-me lembrar no momento), segue uma homenagem através de um dos goleiros que mais divertiu aos que acompanham a história da Copa do Mundo (e os que tem mais de 20 anos também), Thomas Ravelli:

terça-feira, 6 de abril de 2010

terça-feira, 30 de março de 2010

Disco da semana 2

Como sugestão para quem não pensa em ficar de penitência neste feriado de Páscoa, segue uma aula de como fazer pop rock. Armed forces é o terceiro disco de Elvis Costello e é duplo. Como boa pedida deste disco, indico Accidents will happen, Oliver's Army, Watching the detetives e a pérola do disco, (What's so funny 'bout) Peace, Love & Understanding.

Figurinha 6 - a primeira vez

Antes de passar alguns dias fora da cidade, queria aproveitar e colar uma figurinha bastante significativa para mim.

A vinte anos, eu ia pela primeira vez a uma partida de futebol. E para marcar esta data, segue uma foto do majestoso Estádio Orlando Scarpelli.



Era um domingo, primeiro de abril de 1990 (felizmente, hoje em dia existem recursos para provar certos fatos. O blog do Roberto Luiz dos Santos Vieira ajudou-me a garantir a veracidade da história). Enfrentariam-se Figueirense contra a equipe do Caçadorense.

Pouco depois do almoço, meu pai convida-me e outro irmão para irmos ao jogo. Convite aceito, ele inicia a preparação de algo que na realidade do futebol atual seria impensável: uma cesta de piquenique, com bolo, laranja e suco.

Chegando ao estádio e acomodando-nos (por curiosidade, ficamos exatamente aonde ficaria no futuro a torcida dos Gaviões Alvinegros. No futuro porque esta torcida seria criada no ano seguinte), lembro como se fosse ontem do conselho que meu pai nos deu: ver jogo no estádio é diferente de ver na televisão. Aqui vocês terão de mexer a cabeça de um lado a outro para poder ver o jogo.

Dito isto, as lembranças que tenho do jogo eram a do goleiro do Caçadorense, que era extremamente atrapalhado (que se não me falha a memória, chamava-se Galina) e do goleiro do Figueirense, Peçanha. Peçanha que para mim faz parte do seletíssimo grupo de ídolos alvinegros.


Atualmente, Peçanha segue ligado ao Figueirense, trabalhando como treinador de goleiros.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Figurinha 5 - O Clássico

Na noite desta quarta-feira 24 de março acontecerá mais um encontro clássico dos times de Florianópolis.














Este encontro é o ponto alto do futebol catarinense e causa rebuliço nesta ilha de casos e ocasos raros. Li em algum lugar, durante esta semana, que este será o encontro de número 390. Indiferente ao número exato, são mais de oitenta anos de história.

Ao fazermos um diagnóstico do momento das duas equipes, o Figueirense vem num crescente produtivo enquanto o Avaí está estagnado tecnicamente. Mas todo esse prognóstico de nada vale para esta partida em especial.

Muitos destes encontros acabam entrando para a história por alguns fatos quase que exclusivos de encontros deste nível. Já houve clássico onde uma forte névoa surgiu do nada, interrompeu a partida, e da mesma forma que chegou, saiu; houve o clássico do Johan, o clássico do Ramon, o clássico do fogo nas cadeiras, o clássico do refletor apagado, o clássico do Créu (este favorável ao rival), e dizem os mais antigos que já houve até mesmo clássico onde o árbitro expulsou todos os 22 atletas em campo!















Certo mesmo é que uma agremiação não vive sem a outra. E que o torcedor da equipe contrária terá desejos de sumir em caso de derrota.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Figurinha 4 - elegia à velha Desterro

Neste último fim de tarde de verão queria colar uma figurinha especial, daquelas que nos álbuns de mercearia valeriam a troca por algum prêmio. Na próxima terça-feira, 23 de março, minha velha e calejada cidade natal completa mais um ano de existência. Vasculhei a rede inteira atrás de uma foto que representasse a minha fotografia desta cidade, e encontrei algo muito próximo ao que eu consideraria a foto perfeita.

Nada de pontes, nada de praias, nada de vistas panorâmicas. É este instantâneo que melhor representa a cidade para este que aqui derrama estas linhas.


Uma das melhores lembranças que tenho da infância era a ida ao centro da cidade (lá embaixo, como costumava dizer minha mãe, nativa que é). Como ela fazia roupinhas de criança sob encomenda, volta e meia havia a necessidade de ir ao centro comprar tecidos e aviamentos. E como éramos pequenos, íamos juntos.

Aí nesta esquina eternamente paralizada nesta foto, à esquerda havia uma confeitaria que minha mãe sempre nos levava para comermos uma coxinha com Laranjinha Max-Wilhelm. Infelizmente, esta confeitaria só existe na memória de quem aqui mora a mais de um quarto de século.

Na esquina seguinte, na direção da foto (ou seja, no sentido Praça XV para a Ponte) havia um fotógrafo onde íamos com alguma frequência. Época artesanal, onde bater fotos era quase um ritual. Diferente de hoje em dia, onde em poucos minutos uma pessoa com máquina pode rechear álbuns de fotos que levaríamos meses para enchê-los. Era uma esquina alegre, colorida por bolhinhas de sabão. Outro dia passei por esta esquina e espantei-me ao perceber que as bolinhas de sabão ainda estavam ali. Invisíveis, entretanto...

Para mim esta é a verdadeira beleza da cidade. A beleza não está em ver a ponte, que para mim não passa de um monumento, mas sim no hábito de arrumar-me para atravessá-la e ir ao centro. Não está em ir à praia e ouvir as gírias da moda, está em ir às compras e ouvir a balconista te perguntar: "queira mais?" Não está em ter uma cidade divulgada e decantada pelos quatro cantos do mundo, mas sim está em guardá-la bem escondido. Como se fosse um tesouro.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Disco da semana 1


Outra seção bacana que gostaria de incluir neste blog é uma sugestão musical.

Iniciamos com este disco. It`s five o'clock, da banda grega Aphrodite's Child. Boas músicas deste disco são Let me love, let me live, Good time so fine e Such a funny night.

Podemos assistir ao vídeo da faixa título. Que divirtam-se!

Figurinha 3

Em 15 de março de 1965, Mafalda começa a aparecer diariamente no Mundo, de Buenos Aires (fonte). Ainda que talvez a "data de nascimento" da personagem não seja exatamente esta, vale a coincidência da data.

Mafalda é uma pequena menininha argentina que tem uma preocupação enorme com a situação mundial e social, de forma a criar situações embaraçosas aos seus pais com suas perguntas inquietantes. Tem uma turminha de amigos de personalidades igualmente marcantes que provavelmente serão figurinhas futuras.

Vale como registro uma suposta carta que circula pela internet (que foi "copiada" da comuna Mafalda Argentina do Orkut) que Miguelito envia-lhe no futuro, num de seus aniversários. É uma carta tocante, que faz pensar que valeu a pena que Quino não permitiu que a turminha crescesse para ter tal destino. Segue a carta sem a tradução (que poderá ser providenciada caso haja o interesse):

' "Carta de Miguelito a Mafalda"

Querida Mafalda: En este día tan especial me acordé de tu cumpleaños...

¡Como pasa el tiempo!

Nacimos en el corazón de un país que soñaba. ¡Cuántas utopías! ¡Cuántos deseos de crecer, de mejorar las cosas!.
Nos tocó convivir con un tiempo de hombres creativos:
Luther King, Che Guevara, Juan XXIII, John Kennedy; nos trasmitieron el sentido de la justicia, el valor de los sentimientos, la maravillosa aventura de pensar con la propia cabeza.

Ayer me preguntaba por nuestra amiga Libertad, aquella pequeñita que un día encontraste en una playa, no me acuerdo si era Santa Teresita o Mar del Tuyú, me acuerdo todavía cuando la presentaste a tus padres. Era vivaracha y quemadita por el sol de febrero. ¿Dónde vive Libertad? ¿Es verdad que la mataron durante la dictadura?. Dicen que la torturaron y su cuerpo desapareció en el Río de la Plata. Me cuesta pensar que se murieron sus sueños. ¿Y si vive? ¿Estará filosofando sobre la fragilidad de las cosas y el sentido de la vida?

¿Que fue de Susanita? ¿Se casó? ¿Pudo realizar su vocación de ser madre? La imagino viviendo en alguna ciudad de provincia, paseando del brazo del marido (un hombre bajo y calvo) en una tarde de verano, contenta con sus hijos y cuidando el primer nieto, realizada como tantas comunes mujeres.

Supe de Manolito, que perdió sus ahorros durante el corralito y no soportó tanta crisis. . Los últimos días lo vieron cabizbajo, murmurando palabras incoherentes, abandonado como un mendigo en una estación de trenes, triste y abatido como tantos.

Sé que Felipe vive en La Habana, que probó con el cine, que tiene un taxi y que habla a los turistas de Fidel y de la revolución con el mismo entusiasmo de cuando vivía en Buenos Aires.

A Guille, tu hermano, lo escuché tocar, hace poco, en la Scala de Milano. Vive en Ginebra, nunca se arrepiente de haber emigrado en los últimos años de Alfonsín, me contó que es feliz con su nueva pareja.

Y vos, querida amiga, ¿como estás? Hace tanto tiempo que no tengo noticias tuyas.
Sé, por otros, que seguís escuchando la radio, que leés los diarios del mundo, que te duele el Irak como te dolía Vietnam, sé que trabajas para la FAO por los pueblos del hambre, que estás indignada por la prepotencia de Bush. Me llegó tu pedido para juntar medicinas para los Médicos sin Fronteras, sé que siguen las reuniones en tu casa de París, que estás confundida, inquieta y preocupada por el futuro del mundo.....

En fin, Mafalda, sé lo suficiente como para saber que seguís viva, viva en el alma, niña como siempre.

De parte mía sigo escribiendo siempre, renegando porque me falta tiempo; creyendo, como siempre, en el valor de la sinceridad, perdiendo oportunidades por manifestar mis ideas. Algunos días estoy triste y deprimido, pero puede siempre más la alegría que la tristeza..

El mundo no mejoró mucho desde la época en que vivíamos juntos en nuestra patria. A veces, cuando miro el globo terráqueo, encuentro tu mirada, pienso en todos aquellos que lo miran como vos, en los ojos de los que protestan, de los que no se conforman, y de los que viven en la atmósfera del optimismo y de la justicia.

Esos ojos, junto a los míos, te desean un buen día, querida amiga, por otros cuarenta años tan intensos y jóvenes como los que has vivido.

Un beso grande de tu amigo que te quiere como siempre.

Miguelito. '

Figurinha 2

Uma vez colada a figurinha do ídolo de infância, é a vez do ídolo da razão.

Rodrigo Fernandes Valete, futebolisticamente conhecido como Fernandes, é um atleta com imagem fortemente vinculada ao Figueirense. Apesar de passagens curtas e sem muita expressão por outros clubes nacionais, é no Alvinegro Querido que ele fez história. Com mais de 300 partidas defendendo esta gloriosa equipe e quase 100 gols pela mesma (marca que em breve ele poderá ter alcançado - talvez até possa tê-la conquistado, quando alguém estiver folheando este álbum), Fernandes tem tudo para ser eternamente lembrado como o maior jogador da história do Figueirense.

Não apenas o caráter exemplar e a fidelidade a um único clube unem Fernandes e Zico. Ambos também dividem a data de aniversário. Por isso aí vai uma saudação aos que completam anos em 03 de março.

Figurinha 1

Certa vez ouvi um comentarista, acredito que foi o Claudio Carsughi, que dizia que em toda sua vida só teve dois ídolos na Fórmula1. O primeiro deles é o ídolo da emoção, de quem tinha sido fã na infância, quando ainda não tinha muito conhecimento do esporte. O segundo é o da razão, de quem a admiração veio depois de adquirir um certo conhecimento do esporte.

Arthur Antunes Coimbra, futebolisticamente conhecido como Zico, foi o maior jogador da história do Flamengo. Indispensável falar dele como desportista. Mas fica o registro de que ele sempre mostrou-se um ser humano excepcional, interessado em constantemente melhorar sua performance em campo (ele costumava ficar sempre depois dos treinos praticando a pontaria, onde colocava uma toalha na trave e tentava derrubá-la), além de ter defendido exclusivamente um único clube no país. É um raro caso de dedicação e paixão por um clube esportivo no Brasil.

Interlúdio

De acordo com meu velho e surrado dicionário:
interlúdio (música), é o trecho que se intercala entre as diversas partes de uma composição. Pois bem, após este simbólico interlúdio inconscientemente forçado, estamos de volta ao blog.

Não que mereça uma justificativa, mas o período de tempo após a crônica inicial (e que me perdoem os puristas de internet, mas sempre que possível procurarei usar termos próximos da língua de Camões para exprimir as ideias) talvez tenha sido o período mais intenso de toda minha existência. Num curto espaço de tempo tive a sensação de participar de um torneio esportivo de proporções razoáveis, tive o sonho realizado de participar de uma banda numa apresentação (além do barato de conhecer a vida em estúdio), o sonho de ter finalmente uma profissão, tomar chuvas inesquecíveis acompanhando o Alvinegro Querido e outras coisas mais. De quebra ainda conquistei uma gripe daquelas enjoadinhas e mais um ou outro tropeço que deixaremos de lado por ora. Afinal, lembrando do padre dos balões, quando mais alto o voo, maior a distância que poderemos cair.

De volta estamos, e pronto pra inaugurar uma seção que espero que divirta a todos os visitantes. Quando era criança, numa dessas campanhas que costumavam fazer para ajudar algumas instituições, que se não me engano era até o Hemosc, nos foram oferecidos várias revistas e artigos similares para venda. Eu escolhi comprar o álbum do campeonato brasileiro de 1992. O bacana foi que nos pacotes que vieram de brinde vieram exatamente todas as figurinhas do ábum, de forma que completei o álbum sem ter figuras repetidas. No ano seguinte resolvi iniciar a coleção por conta própria. Mas como tinha poucas condições, não consegui chegar aos 40% do álbum. Só que o gosto ficou, e é por isso que gostaria de inaugurar o Album de Figurinhas da Caderneta de Cultura Inútil!
Caso apareçam algumas figurinhas repetidas poderemos trocar, de acordo?
Pois vamos começar a colá-las!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Boas vindas

Dizem que um homem, para que se possa dizer que está realizado na vida, precisa ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro. A árvore desconfio ter contribuído a plantar uma, nos idos de infância. O bacuri será realidade quando houver capital suficiente para que ele tenha um lar rodeado de coisinhas infantilmente bonitas, bons livros, boas músicas e acessórios do Alvinegro Querido. Por sua vez, o livro já é algo que talvez não necessariamente caiba na atual conjuntura da humanidade. Seria incoerente ter de derrubar a árvore que plantei para rodar as tiragens do meu best-seller. Não que viria a ser realmente um best-seller, mas se eu conseguisse um dia juntar todas as ideias mirabolantes e esdrúxulas talvez saísse alguma coisa no mínimo gozada. Mas por ora faz mais sentido escrever um livro virtual. E esta será a intenção desta caderneta, a de deixar minha marca impressa no mundo. Ainda que virtual.

AndreMad é o autor deste blog, um (finalmente) engenheiro, fervoroso torcedor do Furacão do Estreito (Figueirense Futebol Clube), apreciador de boa música, boas ideias e bons momentos com amigos. Como passatempo, o autor costuma exercitar (não exatamente com um grande grau de sucesso) a autodidatia (palavra esta que receio não estar no dicionário, o que é uma pena), o que o leva a aventurar em alguns idiomas e instrumentos.

Caderneta de Cultura Inútil é uma expressão recorrente usada pelo autor, que no afã de querer compartilhar suas descobertas, depara com um aparente desinteresse das pessoas com quem havia a vontade da divisão da descoberta. Ser tragicômico também é um dos objetivos deste blog, afinal de contas a vida é feita de momentos de diversão e de aprendizagem. Longe da gente esse desejo de ser donos da verdade absoluta! O interesse é puramente na troca de informações.

Por fim, gostaríamos de usar este espaço para compartilhar diversos assuntos com quem tiver o interesse. Talvez grande parte dos assuntos fiquem em torno de futebol, automobilismo, música, livros e idiomas. Mas o comportamento social também poderá ser debatido aqui. Ou pelo menos será deixado impressões, assim não preciso usar sempre o mesmo ouvido como penico...

Puxem uma cadeira e ajeitem seus óculos! O café é cortesia da casa.

AndreMad